OS SEGREDOS DA LARANJA


ASPECTOS GERAIS
A planta tem origem provável na Ásia - Índia, China, países vizinhos de clima subtropical úmido - daí foi para a Europa e para o Brasil trazida por portugueses no século XVI.
O cultivo da laranjeira está disseminado por mais de 60 países e, na produção mundial de cítricos, a laranja participa com 69%. Em 1994 foram produzidas 58.731.000 toneladas participando o Brasil com 31,6%, E.U.A com 16,2%, China com 10,5%, Espanha com 4,42% e México com 4,4% (FAO). Em 1993/94, no mercado internacional, a laranja in natura ofertou 4,4 milhões de toneladas; a Espanha (33%) e E.U.A (14%) lideram esse mercado. No de processados de citros o Brasil destaca-se como maior exportador mundial de suco concentrado suprindo 80% da demanda mundial.
No Brasil a citricultura é significativa para os estados de São Paulo (80% da oferta nacional), Sergipe (4,8%), Bahia (3,8%) e Minas Gerais (3,8%); em 1994, o país produziu 17.420.377 toneladas de frutos em área próxima a 900.000 hectares (IBGE).
Em 1994 a Bahia produziu 668.873 toneladas de frutos, em área colhida de 42.748 ha. com rendimento de 15.647 kg/ha (80% da variedade Pera); as principais regiões econômicas produtoras foram Litoral Norte, Recôncavo Sul, Nordeste e Sudoeste (juntas alcançaram 90% da produção). Destacaram-se, entre os municípios maiores produtores, Rio Real (44%), Inhambupe (7%), Cruz das Almas (6%), Sapeaçu (5%) e Alagoinhas (4%), (IBGE - PAM).
A produção baiana destina-se ao consumo da fruta fresca e a agroindustria; o suco concentrado é quase todo exportado para a Europa (Alemanha, Inglaterra), E.U.A, e Canadá (1994/95 - Promoexport).
Botânica/Descrição/Variedades
Cientificamente a laranja-doce é conhecida como Citrus sinesis e a laranja-azeda como Citrus aurantium, ambas Dicotyledonae, Rutaceae.
Na laranja-doce destacam-se as variedades Pera (maturação semi-tardia), Natal (tardia), Valencia (tardia), Bahia (semi-precoce), Baianinha (semi-precoce); Lima, Piralima, Hamlim (semi-precoce), a espécie laranja-azeda é representada pelas laranjas-da-terra.
A laranja doce tem porte médio, folhas tamanho médio com apice ponteagudo base arredondada, pecíolo pouco alado, flores com tamanho médio, solitárias ou em racimos, com 20-25 estames, ovário com 10-13 lóculos. Sementes ovoides, levemente enrugadas e poliembrionicas.
A laranja azeda tem porte médio a grande, folha com lâmina estreita, ponteaguda, base arredondada, flores grandes, completas; fruto ácido e amargo, de difícil consumo. Dos brotos, folhas e casca do fruto retira-se uma série de óleos essenciais, aromáticos, de alto valor em perfumaria e farmacopeia.
Composição por 100 g. da fruta fresca é:
Calorias (63)
Glicídios (9,9 g)
Proteína (0,6 g)
Lipídios (0,1)
Calcio (45 mg)
Fósforo (28 mg)
Ferro (0,2 mg)
Magnésio (26 mg)
Vitamina A (14 mcg)
Vitamina B (40 mcg)
Vitamina B2 (21 mcg)
Vitamina C (40,9 mcg)
Potássio
Utilização da laranjeira
FOLHAS
Contém óleo essencial utilizado em indústria.
FLORES
Procuradas para ornamentação diversa; é melífica.
FRUTO
O sumo da laranja-doce é utilizado, em nível caseiro, para preparo de sucos, refrescos e sorvetes; na indústria o sumo compõe sucos concentrados e refrigerantes. A casca da laranja-da-terra é utilizada para o preparo de geléias, doces (em calda, cristalizados), bebidas.
NECESSIDADE DA PLANTA
CLIMA
A faixa de temperatura para vegetação está entre 22ºC e 33ºC (nunca acima de 36ºC e nunca abaixo de 12ºC) com média anual em torno de 25ºC; sob altas temperaturas a laranjeira emite, ao longo do ano, vários surtos vegetativos seguidos de fluxos florais que possibilitam maturação de frutos em várias épocas.O ideal anual de chuvas está em 1.200 mm. bem distribuidos ao longo do ano; deficit hídrico deve ser corrigido com irrigação artificial. A umidade do ar deve estar em 80%.Clima influe na qualidade e composição do fruto (teor de suco, de sólidos, maturação, volume de frutos, outros).
SOLOS
Embora possa desenvolver-se em vários tipos de solos- de arenosos a argilosos desde que sejam profundos e permeáveis- a laranjeira prefere os solos areno-argilosos e até argilosos porosos, profundos e bem drenados. Evitar solos rasos e sujeitos a encharcamentos; pH na faixa 6,0 a 6,5.

FORMAÇÃO DO POMAR
A MUDA DE LARANJA
Deve ser obtida a viveiristas credenciados por órgãos oficiais. Deve ser enxerto (por borbulhia) maduro vigoroso, enxertia a 20 cm de altura do solo, com 3 a 4 brotações (ramos) a 60cm. de altura (espaçados para formação da copa) distribuidos em espiral em torno do caule e sistema radicular abundante. As mudas raíz nua devem ter raízes barreadas (com barro) para transporte.
PARA COMPOR O POMAR
Sugere-se plantio de variedades Lima e Hamlin (10%), Baianinha (15%), Valencia e/ou Natal (15%) e Pera (para sucos), com 60%.
LOCALIZAÇÃO DO POMAR
Próximo a estradas e mercado consumidor, de fácil acesso. O terreno deve ser plano a ligeiramente ondulado; em áreas com declividade até 5% alinhar plantas em nível e em terrenos com declividade superior usar outras práticas conservacionistas além das curvas de nível. O plantio, em terreno plano, deve ser feito em retângulo.
PREPARO DO SOLO
Se possível retirar amostras de solo e enviar a laboratório de análises, com boa antecedência ao plantio (150 dias) para recomendações para corretivos e adubos.As operações de preparo de solo passam por desmatamento, destoca, queima, controle de formigas e cupins, aplicação de corretivo, aração e gradagens. A destoca pode ser feita em período de 2 a 5 anos (segundo extensão da área de plantio) e o produtor poderá cultivar lavouras de ciclo curto entre os tocos.
A aplicação do corretivo (calcário dolomítico) deve ser feita antes da aração (metade da dose) e antes da primeira gradagem (segunda metade) a 60 a 90 dias antes do plantio.
OS ESPAÇAMENTOS RECOMENDADOS PARA O PLANTIO SÃO:
6 m x 4 m (Baianinha, Valencia) que proporciona 416 plantas/hectare e 6 m x 3 m (Pera, Natal e Rubi) o que proporciona 555 plantas por hectare.
COVAS/ADUBAÇÃO BÁSICA
As covas devem ter dimensões de 60 cm x 60 cm x 60 cm e na sua abertura separar a terra dos primeiros 15-20 cm de altura. A abertura deve ser feita 30 dias antes do plantio. Em plantios extensos sulcos podem ser feitos com sulcador de cana segundo as linhas de nível (terrenos acidentados).
Caso não haja recomendação de análise de solo colocar 1 kg de calcário dolomítico no fundo da cova e cobrir com um pouco de terra logo após a abertura da cova em seguida misturar 200 g de superfosfato simples, 15-20 litros de esterco de curral curtido à terra separada e lançar na cova.
PLANTIO
No período chuvoso típico da região ou em qualquer época, com auxílio da irrigação, efetuar o plantio; escolher dias nublados, sem ventos e com temperatura amena.No plantio colocar colo da muda 5 cm acima da superfície do solo; as raízes das mudas nuas devem ficar estendidas (sem dobras) e os espaços entre as raízes cheios com terra. Comprime-se a terra a medida que se enche a cova, faz-se "bacia" com terra e cobre-se a bacia com palha ou maravalha ou capim seco (sem sementes); se houver ventos fortes tutora-se a muda.
TRATOS CULTURAIS
Caso não haja chuvas no pós-plantio irrigar a cova com 20 l. de água por semana
Eliminar brotações (ainda novas) que se apresentem abaixo do ponto de enxertia notadamente nos primeiros 2 anos de vida.
Podar ramos secos, doentes, ramos ladrões vegetativos; efetuar limpeza do tronco e ramos grossos (com escova) caiando em seguida com calda bordalesa a 3%.
Capinar, nas ruas de plantio e na época seca, com grade de disco e com ceifadeira no período chuvoso. Em coroamento sob copa da planta, capinar com enxada (época seca) ou com foice ou estrovenga no período chuvoso.
Se o custo permitir plantar leguminosas (mangalô, feijão-de-corda, feijão-de-porco) nas ruas.
ADUBAÇÃO
Deficiências de micronutrientes mais comuns (Cruz das Almas) são de zinco e manganês; são corrigidas com aplicações em pulverização foliar, com solução contendo 300 g de sulfato de zinco e 300 g de sulfato de manganês em 100 litros de água.
Caso não haja recomendações de laboratório para adubações sugere-se a utilização das quantidades da Tabela 1. Aplicar as doses logo após o início do período chuvoso e, pouco antes do seu fim. 60 dias e 90 dias pós plantio aplicar 50 g. de uréia fertilizante por cova e por vez. Aplicar sob a copa da planta com leve incorporação (2/3 para dentro e 1/3 para fora da projeção da copa).
Tabela 1 - Adubação de Laranjeira (por pé)
Ano Início das chuvas Fim das chuvas
Esterco Ureia S.S (1) KCl (2) Ureia KCl (2)
2º 20 l 100g 200g - 100g -
3º 25 l 150g 300g - 150g -
4º 30 l 200g 400g 40g 200g 40g
5º 30 l 250g 500g 200g 250g 200g
6º 35 l 250g 500g 200g 250g 200g
7º 35 l 350g 650g 250g 300g 200g
8º 40 l 350g 650g 250g 300g 200g
9º(3) 45 l 500g 1000g 300g 500g 250g
(1) Superfosfato Simples
(2) Cloreto de Potássio
(3) Em diante
CONSORCIAÇÃO
O uso de culturas intercalares é indicado; sugere-se culturas de amendoim, batata-doce, inhame, feijão, abobora, abacaxi, mamão e maracujá. Deve-se preferir culturas de baixo porte e de curta duração; a linha mais externa do seu plantio deve ficar a 1,5 a 2,0m. da linha de plantio da laranjeira. O seu plantio deve ser orientado no sentido leste-oeste e a cultura deve ser adubada.
TRATAMENTO SANITÁRIO
Tratos culturais adequados (para equilibrio populacional entre pragas x inimigos naturais), idade das plantas no pomar (até 4 anos exige aplicação de químicos), inspeção periodica do laranjal (verificar presença de pragas, grau de infestação, presença de inimigos) aplicações de químicos em focos, periodo do dia a efetuar tratamento, dentre outros, são procedimentos imprescindiveis para eficiência do controle de pragas/doenças.
PRAGAS
Inumeras pragas atacam a laranjeira a saber:
ACAROS
Da falsa ferrugem, das gemas e da leprose e que podem ser controlados com produtos a base de enxofre, de quinometionato e de dicofol.
COLEOBROCAS
Coleobrocas
Que podem ser controladas com fosfina pasta, paratiom, DDVP em injeção (orifício do caule).
Pulgões: controlados com paratiom ou acefato ou pirimicarb.
Mosca-das-frutas: controlar com fentiom ou tricloform ou malatiom.
Cochonilhas: de placas (Orthezia), de escamas (farinha, virgula) cabeça-de-prego, são controladas por aplicação de oleo mineral + inseticidas fosforados (paratiom, malatiom, diazinom).
NA BAHIA AS PRAGAS MAIS IMPORTANTES SÃO:
Broca-da-laranjeira: Cratosomus flavofosciatus (Guerim, 1844) Coleoptera, Curculionidae.
O adulto é besouro com forma convexa, tem 22mm. de comprimento e faixas e manchas amarelas no dorso; a fêmea faz orifício no tronco da planta e aí deposita um ovo. Eclodindo o ovo libera larva (lagarta) volumosa, esbranquiçada e sem patas que broqueia o tronco e ramos grossos abrindo galerias longitudinais. Os sinais de ataque são galerias e orifícios que expelem serragem em forma de pelotas.
CONTROLE
Limpeza do(s) orifício(s) e destruição mecanica (com arame da larva).
Desobstrução do orifício e aplicação através dele de fosfina pasta (1cm.) ou de paratiom metil (2cm3.) em injeção. Vedar orifício com argila ou cera-de-abelha. Iniciar controle logo que apareça serragem no solo.
Plantio no pomar (evitar excesso de população) da planta Maria Preta que atrai os besouros. Capturar o inseto na Maria Preta e exterminá-lo.
Cochonilhas: Cabeça-de-prego: Chrysomphalus ficus (Ashmead. 1880)
Escama farinha: Pinnaspis aspidistrae (Signoret, 1869)
Escama virgula: Mytilococcus beckii (Newman, 1869) Homoptera, Diaspididae.
De placas: Orthezia praelonga (Douglas, 1891), Homoptera, Ortheziidae.Todas alimentam-se da seiva da laranjeira e podem eliminar secreções açucaradas que atraem formigas e fungos (fumagina).
Cabeça-de-prego: inseto provido de escama circular, cor violácea escura, que ataca folhas e frutos.
Escama farinha: inseto com carapaça alongada que vive no tronco, haste e folhas que tomam aspecto esbranquiçado.
Escama vírgula: carapaça de forma em vírgula, cor marrom claro, vivendo em folhas e frutos.
De placas: corpo provido de placas ou laminas cereas, esbranquiçadas, com cauda alongada (ovisaco); vive em folhas e ramos.
CONTROLE
Capinar sob-copa da planta e aplicar aldicarb a 1,5cm. de profundidade no solo; pulverizar plantas infestadas com fosalone ou dicrotofos para a cochonilhas de placas.
Para as outras escovar tronco e ramos e aplicar calda, contendo óleo mineral e inseticidas dimetoato ou malatiom ou metidatiom.
OBS: não misturar enxofre e óleo mineral, não aplicar óleo em horas quentes do dia e sobre frutos com menos de 5cm. de diâmetro e a menos de 50 dias de colheita.
DOENÇAS
Estiolamento
(Damping-off) - Sementeira (fungos). Sementes apodrecem sem germinar plantas novas ficam amareladas (colo apodrecido), tombam e morrem.
CONTROLE
Aplicação de PCNB (regar superfície de canteiro com 2 l. de calda/M2), ou aplicar benomyl ou quintozene preventivamente, semeando-se 48 horas depois.
VERRUGOSE
Sementeira e viveiro (fungo). Lesões em folhas e brotos impedem o crescimento apical da planta; afeta alguns porta enxertos.
Aplicar benomyl, logo no aparecimento dos sintomas; 15 dias após aplicar mancozeb ou oxicloreto de cobre.
COMOSE
Pomar (fungo). Afeta casca e parte externa do lenho nas raízes, tronco (colo) e até ramos. A região afetada apresenta goma marrom; planta pode morrer. Pulverizar com Fosetyl ou Metalaxil em intervalos de 20 dias; raspar parte doente e pincelar com pasta bordalesa.
MELANOSE
Pomar (fungo). Pequenas lesões arredondadas, coloração escura, recobrem grandes áreas de frutos, folhas e ramos. Podar galhos secos e pulverizar, pós florada, com benomyl ou oxicloreto de cobre.
Colheita/Rendimento/Comercialização
COLHEITA
Evitar machucar o fruto, romper a sua casca e o apodrecimento.
Usar escada (madeira leve e arredondada) sacolas de colheita (de lona, com fundo falso) com capacidadede 20Kg., tesoura ou alicate de colheita, (lâminas curtas e pontas arredondadas) e cestos ou caixas plásticas com capacidade de 27Kg.
No ato de colher rejeitar frutos orvalhados ou molhados, evitar derrubar fruto ao solo, colher frutos no mesmo estágio de maturação e evitar exposição do fruto ao sol. Um homem pode colher 10 mil frutos/dia.
RENDIMENTO
Considerando-se início de produção aos 4 anos de vida colhe-se 100 frutos por laranjeira/ano, 150 frutos (5º ano), 200 frutos (6º ano), 250 frutos (7º ano), 300 frutos ( 8º ano), em geral. Pés safreiros (10 anos), podem produzir 350 frutos (Bahia), 420 frutos (Baianinha) e 580 frutos (Pera).
COMERCIALIZAÇÃO
Há forte presença de agente intermediario com poucos produtores vendendo diretamente ao consumidor; empresas fornecem, sob contrato, laranjas à rede de supermercados.
A laranja Pera deteve em 1990, 82,24% dos frutos comercializados na Bahia; a oferta cresce de maio a setembro quando alcança o pico (69% do total anual colhido).
BIBLIOGRAFIA
Embrapa/CNPMF - Cruz das Almas/Ba.
Instruções práticas para cultura de Citrus
Circular Técnica nº 7. Out. 1985
Instruções práticas para o cultivo de Citros
Circular Técnica nº 7, Out. 1993
Manual de manejo integrado de pragas do pomar citrico
Brasília/DF, 1982
Citros em Foco: nº 42 (dez, 91) nº 18 (jun, 91),
nº 43 (dez. 91), nº 62 (set. 92), nº 62 (set. 92).
Comunicação Técnica nº 34 (out. 93)
Práticas Culturais em Pomar de Citros
Circular Técnica nº 16 (jul. 92).
EPAMIG - Belo Horizonte/Minas Gerais
Citricultura - Renovação Tecnologica
Informe Agropecuário nº 52 (abr. 79).
EPABA - Salvador/Bahia
Instruções práticas para o cultivo de frutas tropicais
Circular Técnica nº 9 (nov. 1988).
Origem e a característica da laranja
Pertencente a família das Rutáceas (Rutaceae), a laranja é das uma fruta cultivadas mais importantes do Brasil. Originária da Ásia, mais especificamente da Indochina e sul da China, foi trazida pelos portugueses em meados do século XVII, proveniente das Indias Portuguesas. O cultivo da laranjeira e o uso da laranja remontam a um período de mais de 2 mil anos antes de Cristo, conforme demonstram escritos encontrados na China.
A cultura da laranja, no Brasil, desenvolveu-se muito a partir dos anos 60, quando uma geada sem precedentes destruiu grande parte dos laranjais da Flórida, nos Estados Unidos, passaram então a demandar importações, o que impulsionou países como o Brasil a investir nessa cultura. Vários Estados brasileiros dispõem de considerável produção de laranjas e demais frutos cítricos, destacando-se São Paulo (principal produtor), Rio de Janeiro, Minas Gerais, Sergipe, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás. São vastos laranjais produtivos suprindo totalmente as necessidades internas e a ocupar uma boa fatia do mercado internacional.
É uma árvore de porte médio, podendo atingir até 8 m de altura, seu tronco possui casca castanho-acinzentada, sua copa é densa e de formato arredondado. Folhas de textura firme e bordos arredondados, exala um aroma característico quando maceradas. As flores são pequenas, de coloração branca, aromáticas e atrativas para abelhas.
Possui fruto de formato e coloração variável de acordo com a variedade, com casca de coloração alaranjada, envolvendo uma polpa aquosa de coloração que pode variar de amarelo-clara a vermelha. Sementes arredondadas e achatadas, de coloração verde esbranquiçada. A planta desenvolve-se melhor em climas com temperatura entre 23 e 32 °C. Vale ressaltar que, em alguns citrus, o vigor e a longevidade das plantas são favorecidos por clima mais ameno, bem como a qualidade e quantidade dos frutos. A resistência ao frio varia de acordo com a variedade.
Apesar de não ter muitas exigências em relação ao tipo de solo - adapta-se tanto a solos arenosos como argilosos - , os tipos mais indicados para o cultivo comercial são os areno-argilosos.
A laranja não tolera solos impermeáveis. Devem ser evitados solos rasos ou que encharcam com facilidade. Para uma melhor adaptação aos diversos tipos de solos, utiliza-se diferentes tipos de porta-enxertos.

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