OS SEGREDOS DO KIWI


A CULTURA DO KIWI
Planta sarmentosa da família Actinidiaceae, podendo ser cultivada em regiões frias e temperadas do Estado de São Paulo, onde as temperaturas no inverno atinjam uma soma superior a quinhentas horas abaixo de 7,2ºC. Seus frutos são ricos em vitamina C e em nutrientes tais como potássio, magnésio, cálcio e fósforo, podendo ser consumidos ao natural ou utilizados como matéria-prima na produção de sucos, geléias, sorvetes, fabricação de passas ou de vinhos.
CULTIVARES
Femininos – Bruno, Monty, Abbott e Hayward (este exige 800 horas de frio abaixo de 7,2ºC).
Polinizadores – Matua, Tomuri, MPV.
SOLO
Deve ser profundo e com boa capacidade de drenagem.
Controle da erosão: plantio em nível e realizar terraceamento em declives acima de 5 a 8%.
PROPAGAÇÃO
Por enxertia de variedades selecionadas, em porta-enxertos obtidos por sementes de qualquer variedade de kiwi. A enxertia pode ser realizada no mês de agosto em cavalos de qualquer idade. Outro meio de propagação é por enraizamento de estacas semilenhosas de variedades selecionadas, coletadas nos meses de dezembro e janeiro.
ÉPOCA DE PLANTIO
Plantio dos porta-enxertos ou de mudas já enxertadas – desde setembro até o final das chuvas; se o solo for irrigado, o plantio pode ser realizado em qualquer época.
CONDUÇÃO
a) caramanchão ou pérgula
Sistema mais caro e mais trabalhoso de instalar, porém mais produtivo, pois a altura favorece o conforto dos trabalhadores;
b) mourão em T
No qual a cortina de folhas proporciona proteção aos frutos.
ESPAÇAMENTO
Para condução em caramanchão ou pérgula – 6m entre linhas e 5 a 6m entre plantas na linha. Para condução em mourão em T – 4 a 5m entre fileiras e 6m entre plantas para ‘Bruno’, ‘Monty’ e ‘Abbott’; 3 a 4m entre fileiras e 6m entre plantas para ‘Hayward’.
MUDAS NECESSÁRIAS
Uma masculina para oito femininas, no mínimo, sendo mais adequado uma masculina para cinco femininas. Pode-se escolher entre colocar plantas masculinas nas linhas das plantas femininas, distribuídas homogeneamente, sem substituir nenhuma feminina, junto aos mourões que sustentam os arames e suportam a plantação, ou, distribuir os polinizadores ocupando o lugar de uma planta feminina. Pode-se, finalmente, optar pela enxertia de um ramo de planta masculina nas femininas; esse procedimento exige um controle maior do ramo masculino através de podas, para evitar seu excessivo desenvolvimento. São necessárias 400 a 500 mudas/ha, conforme o cultivar.
CALAGEM E ADUBAÇÃO
pH entre 5,5 e 6,0 (em CaCl2), ou entre 6,0 e 6,5 (em água), com saturação por bases entre 70% e 80%. Aplicar calcário dolomítico ( >12% de MgO) ou magnesiano (6 a 12% de MgO) cerca de 2 a 3 meses antes do plantio. Aplicação a lanço em área total, incorporando metade antes e metade após a aração, e antes da primeira gradeação. No plantio – misturar à terra da cova ou sulco de plantio 500 a 800g de calcário incorporando-o até 40cm de profundidade.
ADUBAÇÃO ORGÂNICA
30 a 60 dias antes do plantio, podendo ser junto com a calagem, colocar um dos seguintes adubos orgânicos: 40 a 60 litros de composto orgânico, ou 30 a 40 litros de esterco de curral curtido ou ainda, 7 a 10 litros de esterco de galinha curtido por cova.
ADUBAÇÃO MINERAL
De plantio
10 a 15 dias do plantio, misturar com a terra da cova 150 a 450kg de P2O5 por hectare (metade como superfosfato simples e metade como termofosfato com micronutrientes) e 100 a 300kg de K2O por hectare (1/3 na forma de sulfato de potássio e 2/3 como cloreto de potássio).
De formação
1º ano: 30kg de nitrogênio por hectare, na época das chuvas, parcelados em 3 a 4 vezes.
2º ano: 50 a 70kg de nitrogênio por hectare, parcelados em 3 a 4 vezes, na época das chuvas. 3º ano: 100 a 150kg de nitrogênio e 50 a 70kg de K2O por hectare, parcelados em 3 a 4 vezes, na época das chuvas.
De produção
4º ano em diante: 150 a 250kg de N; 100 a 200kg de P2O5 e 150 a 250kg de K2O por hectare, na época das chuvas, parcelados em 3 ou 4 vezes.
CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS
Foram identificadas, em outros países, 15 doenças e 40 pragas que podem prejudicar o kiwi.
No Estado de São Paulo, devido à pequena extensão das áreas de plantio, não se tem observado até o momento problemas sérios causados por pragas e doenças.
TRATOS CULTURAIS
As plantas devem crescer como um tronco único até alcançarem o topo da estrutura, e um ramo permanente deve crescer em cada direção do arame principal. Conduzir as plantas selecionando-se ramos frutíferos, os quais brotam somente de ramos de um ano de idade, têm entrenós curtos, gemas bem desenvolvidas, crescem mais na horizontal que na vertical e são bem expostos à luz do sol.
Podas de verão
Retirar, semanalmente, as extremidades dos ramos.
Poda de inverno – única por ano, deixar boa quantidade de ramos de um ano de idade sobre a planta, encurtar os ramos, deixando-se as 6 ou 7 gemas basais dos ramos frutíferos. Plantas masculinas: a poda maior é feita após a floração. Os ramos floríferos são cortados para que ocorra novo crescimento próximo ao ramo principal. Fazer despontas no verão.
Capinas
Ao realizá-las, tomar cuidado com o sistema radicular das plantas.
Cobertura morta
Favorece manutenção de umidade nas raízes, redução no número de capinas e controle da erosão.
CONSORCIAÇÃO
Com hortaliças, leguminosas e milho, nos primeiros anos de seu cultivo.
OBSERVAÇÕES
Exige quebra-ventos tais como grevílea, feijão-guandu ou outros. Exige irrigação onde a precipitação for menor que 130mm nos meses de primavera, verão e outono. Mesmo no inverno o solo deve ser levemente umedecido. Não suporta solos encharcados. Abelhas aumentam a polinização. Sugere-se a colocação de 20 caixas de colméias por hectare. Em anos em que o número de horas de temperatura baixa não é suficiente, o uso de calciocianamida pode favorecer a quebra de dormência das gemas. Incidência de sol diretamente sobre os frutos e ramos, bem como temperaturas excessivamente altas no verão, podem causar lesões.
COLHEITA
Abril e maio. Colher com 6,2% de sólidos solúveis totais, medidos por refratômetro uma hora após a colheita do fruto. Descartar frutos danificados por insetos. Deixar o pedúnculo dos frutos no pé. Para armazenamento, resfriar os frutos em seguida à colheita, a 0,5ºC e evitar etileno ou outras frutas no mesmo local.
PRODUTIVIDADE
Em torno de 25 t/ha, em pomares adultos bem conduzidos. No Estado de São Paulo, a produtividade dos pomares é de 14 t/ha, aproximadamente.
CULTIVO DO KIWI
O kiwi (Actinídia chinenesis Planch) é uma planta trepadeira de origem chinesa, que produz um fruto que, atualmente, é apreciado em todo o mundo. Sua cultura se difundiu pelo mundo, com maior força, durante a década de 70, onde a produção dos Estados Unidos deu sua primeira “arrancada”.
Por ser uma planta de clima temperado, no Brasil ela se adapta melhor em toda a região sul e até no estado de São Paulo, grande produtor desta fruta. A principal variedade, para fins comerciais é a, já mencionada, Actinidia chinensis Planch, caracterizada pelo seu pêlo macio.
Na China, onde se originou, o kiwi se desenvolve em altitudes que variam de 300 a 1.400m e que apresentam uma variação muito grande de temperatura. Apesar disso, é uma planta que prefere temperaturas mais baixas, sendo as melhores entre 15 ºC e O ºC. Não gosta do sol direto, necessita de solo fértil ou corrigido através da adubação e precisa de um grande volume de chuvas ou de uma boa irrigação, mas que seja bem distribuída durante todo o ano.
O plantio do kiwi é feito através de sementes ou enxertos, que produzem sua florescência entre 3 e 4 meses após o plantio. No caso da utilização de sementes, a florescência ocorre mais tardiamente. Os frutos devem ser colhidos quando ainda estiverem bem firmes na trepadeira.
O valor de mercado para o kiwi, atualmente, é muito bom. É uma fruta utilizada para sucos e sobremesas finas e para ser consumida in natura. Consumida em todo o país e encontra boas ofertas de comercialização.
O Kiwi é uma fruta proveniente de algumas espécies do género Actinidia, mais especificamente de um cultivar da espécie Actinidia deliciosa, típicas de locais com clima temperado. Possui polpa de coloração esverdeada e uma casca marrom coberta de uma espécie de micro-pêlos.
É considerado o fruto com maior quantidade de vitamina C já identificado, além de ser particularmente rico em alguns sais minerais como o magnésio.
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